PA_2_35_39.1J Um livro é por certo um dos melhores companheiros para viajar: longas horas num comboio podem tornar minutos graças às palavras escritas. A única coisa melhor em situações similares é a conversa com um amigo. Além de ser bons companheiros, os livros são também fonte de conhecimento, não só quando são livros de escola ou révistas sobre a actualidade: um romance pode dizer muito ao leitor sobre a época da qual trata, sobre o autor, as suas ideias e as suas visões em relação à vida e aos homens. Uma consequência disso é que a leitura de muitos livros de autores e assuntos diferentes podem ajudar a ter uma visão do mundo mais vária e a considerar como possíveis e apceptáveis pontos de vista diferentes daqueles que nos temos. Ao mesmo tempo, é importante não deixar de lado o facto que os livros e o que está escrito neles é só uma representação da realidade, e não a realidade mesma. Por essas razões eu gosto de ler e não prefiro tipos particulares de livros, porque acho que os livros melhores são aqueles que não podem ser categorizados, ou resumidos através do codigo de um género. Poderia dizer que existem bons e maus livros e bons e mais autores, mas, mais que isso, acho que a questão é que existem livros e autores que transmitem coisas novas, como conteudo ou como estilo, e livros e autores que não aumentam de uma letra o conhecimento geral da humanidade. É comprensivel que às vezes as pessoas queiram ler coisas que já conhecem, das quais tiram segurança, mas à verdadeira líteratura, segundo o meu ponto de vista, só pertencem livros e autores do primeiro grupo e são esses que eu costumo ler.