VE_3_01_48.2L A invenção de tecnologias, como aquelas do âmbito da comunicação, mudou profundamente a nossa sociedade até ao ponto de criar novas “necessidades”, que na maioria dos casos se revelam fitícias. No caso específico do telemóvel, é patente que a sua divulgação ofereceu uma longa lista de vantagens, mas é verdade que frequentemente as pessoas quase abusou da utilização deste objecto. É claro que possuir um telemóvel num caso de grave emergência pode revelar-se de vital importância, como por exemplo em caso de incidentes com feridos. Além disso, como o telemóvel é um meio de comunicação, é útil para manter os contactos com amigos, parentes e colegas. Afinal, na minha experiência pessoal, o telemóvel é um objecto utilíssimo para avisar os meus amigos que estou atrasada – e confesso que isto acontece muito frequentemente. É preciso acrescentar que,

com a divulgação deste aparelho, não temos de ir buscar um telefone público se precisarmos. Infelizmente há também aspectos negativos: o telemóvel às vezes torna os seus utilizadores estressados porque se sentem demasiado “contactáveis”, mesmo nas situações nas quais prefeririam manter a própria esfera pessoal mais privada. Além disso, alguns linguistas notaram um progressivo empobrecimento da língua devido ao hábito de escrever SMS, que como explica o nome mesmo, são mensagens breves onde normalmente se utiliza uma língua demasiado simplificada e cheia de acurtizações. Há pessoas que acham que o telemóvel é fundamental e em parte concordo, mas não gosto do exagero sobretudo típico das gerações mais jovens.