Vivemos numa era tecnológica, em que as novas formas de acesso ao conhecimento florescem a um ritmo galopante e que fornecem aos nossos alunos um manancial inesgotável de recursos que colocam, por vezes, a leitura, no sentido mais tradicional, num lugar secundário das suas preferências. Paradoxalmente, é do senso comum que ler (e mais ainda, saber ler) é uma competência imprescindível para se alcançar sucesso a nível do contexto escolar e a nível social e profissional, o que significa que a importância da leitura não se restringe apenas aos anos que os alunos passam em ambiente escolar.

A oralidade, no ensino das línguas estrangeiras, e o uso das tecnologias, na sala de aula, são dois temas importantes na prática letiva atual. O Quadro Europeu da Referência das Línguas recomenda e a legislação introduziu a obrigatoriedade da avaliação da componente oral nas disciplinas de língua estrangeira. Sendo a oralidade concretizável em termos de compreensão e produção/interação, pretende-se refletir sobre a forma como a escola se deve adaptar para proporcionar a aquisição dessa competência, orientando os alunos para o sucesso.

A guerra é das realidades humanas que mais exige da língua expressa por palavras, sinais e gestos a força mística de uma comunicação eficaz. Não existe realidade humana que supere a comunicação exigente que a guerra impõe; no fogo cruzado, no corpo a corpo, na luta “fria” permito-me entender esta última como a propaganda, anúncios de ataques, mensagens por meio de emissários e sinais nas árvores, paredes de casas, postes elétricos etc.

Na sociedade moderna, constata-se que os indivíduos multilingues compreendem e falam várias línguas e que essa proficiência tem despertado, ao longo de várias décadas, a curiosidade de numerosos especialistas no assunto (neurolinguistas, psicolinguistas). Sobre este assunto, Dijkstra (2003:11) preconiza que os falantes multilingues devem ter armazenado um vasto número de palavras no seu léxico mental no qual parece ser difícil recuperar uma palavra.

A presente pesquisa tem por objetivo analisar as interações dos alunos inscritos no Projeto Teletandem Brasil (TTB), que estudam Português em cinco Universidades nos EUA. A partir dos aportes teóricos da competência intercultural filiada à teoria de Michael Byram (1997) e Darla Deardorff (2007), esta pesquisa visa analisar o desenvolvimento da competência intercultural, a partir da interação entre os alunos falantes de culturas diferentes.

Nos estudos contemporâneos multidisciplinares da linguagem, da psicolinguística e da neurolinguística, destacam-se as contribuições do Modelo Neurolinguístico Integrado, de Michel Paradis (1987, 1997, 2004, 2007). Ele identifica a importância dos subsistemas de memória (a declarativa ou explícita e a procedimental ou implícita), no processo da aquisição, da representação e do uso da língua.

Este trabalho de investigação insere-se no âmbito da sociolinguística e debruça-se sobre a perceção quanto à variação dialetal do Arquipélago da Madeira, que os jovens em escolarização da Região Autónoma da Madeira detêm face a alguns traços particulares do léxico.

Este estudo é uma avaliação parcial da situação atual do ensino do português no Japão, com ênfase na região de Tóquio. O corpus da investigação foi construído a partir da experiência de mais de 20 anos do autor como professor de português e inglês em várias instituições de Tóquio e arredores, e da compilação de entrevistas e questionários respondidos por professores e estudantes de português, principalmente em universidades, mas também em escolas de idiomas e outras instituições.

O fluxo migratório existente em todo o mundo, desde sempre, e por variados motivos, levou portugueses a diversos locais. Adjacente ao processo de adaptação neste fluxo migratório está a adaptação à língua local. Neste processo, muitos indivíduos se tornam bilingues, e muitas vezes ocorre a perda de língua. Este estudo debruça-se sobre os portugueses que emigraram para a África do Sul, que se tornaram bilingues e que sofreram uma perda de língua, total ou parcial.