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MADISON - Mapa Dialectal Sonoro

Em curso
Instituição financiadora
Sem financiamento externo
IR do Projeto
Gabriela Vitorino

O Mapa Dialectal Sonoro constitui uma amostragem do panorama dialectal português do último quartel do séc. XX. Os fragmentos apresentados baseiam-se nas recolhas efectuadas com vista à realização de vários atlas linguísticos.

Estes atlas, concebidos e em curso de realização no âmbito do Grupo de Dialectologia do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL), são os seguintes:

 - Atlas Linguístico-Etnográfico de Portugal e da Galiza (ALEPG): iniciado em 1970, as recolhas em território nacional tiveram lugar entre 1973 e 1997. Em Portugal continental e insular, este é o Atlas com a rede de pontos de inquérito mais densa (200 localidades) e de questionário mais extenso (ca. 3500 perguntas aplicadas em 70 inquéritos e ca. 2000 aplicadas em 130).

 - Atlas Linguarum Europae (ALE): a recolha de dados decorreu durante o ano de 1975 em 53 localidades de Portugal continental, com um questionário de ca. 550 perguntas.

 - Atlas Linguistique Roman (ALiR): os inquéritos iniciaram-se em 1987 e foram aplicados em 110 localidades de Portugal continental e insular, constando o seu questionário de ca. 600 perguntas.

Os pontos de inquérito destes dois Atlas de âmbito internacional coincidem, na maior parte dos casos, com as localidades da rede do ALEPG. Também as perguntas dos respectivos questionários se sobrepõem, em grande medida, às do questionário deste Atlas.

 - Atlas Linguístico do Litoral Português (ALLP): as recolhas tiveram lugar, numa primeira fase, em 1984/85, em 23 localidades costeiras, apenas de Portugal continental. Posteriormente, foi aplicado o mesmo questionário em 17 pontos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. O questionário completo consta de ca. 1200 perguntas, tendo sido sistematicamente aplicadas em todo o território apenas 250 relativas à fauna e flora marinhas.

Todas as localidades inquiridas, para os diferentes Atlas, são pequenas localidades rurais ou piscatórias, pouco populosas.

Os informantes, homens ou mulheres, são indivíduos nascidos na localidade e aí residentes em permanência, considerados representativos do falar local. Têm, preferencialmente, idades não inferiores a 50 anos e são analfabetos ou de reduzida escolaridade, para evitar interferências da norma escrita.

Para além das respostas aos questionários, e tendo sobretudo como objectivo o estudo da sintaxe, recolheu-se fala espontânea, constituída por narrativas de actividades tradicionais, de festas, de usos, de acontecimentos locais e de experiências individuais, que permitiu paralelamente reunir muita informação etnográfica.

Todos os inquéritos linguísticos, realizados no âmbito destes Atlas, foram gravados em suporte magnético e posteriormente transpostos para suportes digitais de salvaguarda. Foi com base nestes materiais digitalizados que se constituiu o Arquivo Sonoro dos Dialectos Portugueses, estimado em cerca de 4500 horas de gravação e que está na origem do Mapa Dialectal Sonoro.

O Mapa Dialectal Sonoro encontra-se disponível em http://cards-fly.clul.ul.pt/teitok/madison/pt/index.php?.

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